Inspirada por várias ideias e iniciativas diferenciadas, tenho visto que a disciplina de Educação Tecnológica tem conseguido se estabelecer como uma espécie de laboratório de ciências atrelado à robótica, mas com o intuito não só de experimentar, mas também criar e inovar, sempre aprendendo...
Nas últimas semanas do semestre passado, trabalhar com temas e as possíveis construções associadas a eles estava deixando um incomodo no ar - penso que mesmo as turmas estava começando a dar sinais de enfado (apesar da maioria adorar as aulas).
Desde então, na verdade, desde que nos propomos a manter a disciplina desvinculada de projetos específicos, estamos tentando buscar um eixo (ou vários, ainda não sei bem qual é a melhor opção) para que as aulas sejam mais produtivas e as crianças aprendendo se divertindo.
Com os pequenos de 1º a 3º ano, o foco tem sido o brincar e trabalhar coordenação motora (em especial a fina), trabalho em grupo, respeito ao próximo, autorresponsabilização, e por aí vai. Utilizamos temas específicos e atividades de desenhar, recortar, pintar, colar e dobrar com alguma frequencia.
De 4º e 5º ano, já tratando da robótica por meio do Scratch (que tem sido lindo!), diminuimos o foco na coordenação motora (menos desenhar, recortar, colar, pintar e dobrar), mantendo o trabalho em grupo, respeito ao próximo, autorresponsabilização e acrescentando a capacidade de diálogo, argumentação, projeção (por meio de desenhos ou não). Ainda utilizamos temas, mas buscando também diversificar com experimentos.
De 6º a 9º ano, a coisa muda entre as séries de modo a acompanhar a maturidade da moçada.
Nos 6º anos temos utilizados temas e para cada tema tem pelo menos uma aula de experimentos sobre o tema. Por exemplo, resistência do ar e exploração espacial. No primeiro caso fizemos vários experimentos (vou fazer uma postagem sobre!!), no segundo caso, fizemos várias aulas de construção de foguetes para serem lançados de formas diferentes (veja postagens aqui1, aqui2 e aqui3). Fora isso, ainda focamos no trabalho em grupo, respeito ao próximo, autorresponsabilização e
acrescentando a capacidade de diálogo, argumentação, projeção (por meio
de desenhos ou não).
Nos 7º anos temos utilizados temas específicos, além de manter o trabalho em grupo, foco na autonomia e criatividade. Estamos tentando propor problemas e o da vez foi a motorização de instrumentos da idade média (tema da Feira Medieval no semestre passado e que foi maravilhosa!).
Nos 8º e 9º anos, fora os temas, temos buscado situações para que os grupos nas turmas busquem soluções. O primeiro teste nos 8º anos foi buscar soluções para trabalhadores braçais de modo a evitar LER, entre outras coisas. O primeiro teste nos 9º anos foi buscar soluções para situações que envolvam estado de calamidade pública.
Temos produzido bem! Creio que estamos no caminho certo!! Ainda mais quando vejo reportagens como a que vem a seguir...
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/a-importancia-do-incentivo-ao-raciocinio-logico-e-ao-gosto-pela-investigacao-cientifica
Enfim, são ideias. Ideias que podem fazer das nossas crianças seres mais criativos e comovidos com o outro. É um trabalho. Árduo, mas gratificante...
Nenhum comentário:
Postar um comentário